segunda-feira, maio 03, 2010

Post honesto

Pergunto-me se as coisas que sei me deviam impedir de agir. Se o saber que algo não vai resultar me devia impedir de apostar todas as fichas à mesma. Se o conhecer de antemão os porquês de uma coisa não existir me devia roubar a ilusão de que ela pode aparecer.

Porque este evitamento não previne a sensação de vazio que eu sentiria de qualquer das formas. Ou que acho que sentiria, ou que me atormenta porque tenho a puta da mania de fazer raciocínios lógicos com os comportamentos das pessoas, mesmo quando faço um esforço consciente para não tentar adivinhar as suas razões, reduzindo-as a processos que eu compreendo e explico e lhes retira a sua magia. A sua maioridade.

Talvez seja isso que ainda me prende a ti, sabes? Não te compreendo. E apesar de ser muito tentador, faço todos os esforços por não pensar demasiado nas tuas razões, nos teus raciocínios e motivações pondo fé que se um dia tiveres que mas contar, contarás.

Mas essa porra dessa bolha que tens à tua volta que me repele quando te peço que fales e me abraça com muita força quando em silêncio ou nas meias palavras, muito provavelmente nunca deixará acontecer.

Paciência.

Ser finito é navegar sem horizonte, agarrar o que nos aparece e tentar fazer o melhor disso” dizia o noivo no Sábado.

Whatever. Give me your best shot. Acho que finalmente estou pronta para bater com a cara no chão (mas não com muita força, por favor, sim?)*

*parece que consigo ouvir o Aurélio dizer-me, “foda-se Helena, já viste que até para arriscares bater com a cara tens de ser racional, pá?!” Sim, já vi, Lu.

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