A princípio custa. Sentimo-nos mais longe do mundo, mais longe de tudo. Lembramo-nos dos e-mails que poderemos ter na caixa, das pessoas que poderão estar no messenger, dos blogs que ainda não visitamos esta semana... "Como andará a Jacky? E o Nuno? Que será feito do Pedro?"
No início parece-nos urgente colmatar essa falta grave que é não termos internet.
No início... Porque pouco a pouco, vamo-nos apercebendo que afinal não estavamos mais perto de tudo, estavamos mais longe de nós e das pessoas que nos rodeiam... Quantos serões não passámos eu e a minha colega de quarto em que quase não dirigíamos a palavra uma à outra e que por graça às vezes lá perguntávamos no messenger "Queres alguma coisa da cozinha?" ou "Onde vais jantar?"...
Pouco a pouco, a falta que a internet nos fazia vai-se transformando em tempo para conversar, para convidar os amigos lá para casa e, pasmem-se!, para estudar...
E de repente, percebemos que não temos a certeza se queremos instalar internet na nossa casa nova, não obstante a primeira urgência que nos parecia tão premente...
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