domingo, novembro 07, 2010

fim de semana sem corre-corre

é o primeiro que tenho desde... hmmmm... que voltei ao trabalho.

O primeiro fim de semana sem dar aulas ao sábado à tarde, sem "ter de" ir a lado nenhum em particular e muito menos que fazer viagens para lado nenhum. Até de ir a Ovar ver a família me desmarquei (vêm eles cá).

A manhã de ontem foi em Vila do Conde numa esplanada simpática em frente ao mar, a curtir bom sol, boa temperatura, bom café, bom livro e boa companhia.

Consegui depois chegar a tempo de ir ao supermercado chinês da Praça da República para comprar nori, wasabi e licor de lichias.

Almoço fantástico seguido de duas horas de treta e depois de um magusto com amigos e muito riso.

Quando cheguei a casa, aterrei directamente no sofá depois de uns momentos de skype com uma amiga.

Hoje o dia avizinha-se bom, novamente, com encontros de família na Praia da Memória, para recordar o meu tio que faleceu há 5 anos, aproveitando para ver primos e tios e abraçar, abraçar, abraçar. Também para pensar na vida e lembrar o quão pequenos e frágeis somos... Depois curtas metragens no Hard Club e  - isso é que seria a cereja no topo do bolo! - seguidamente ir comemorar a vitória do Benfica (embora confesse que me chateia torcer contra a equipa da cidade onde moro. Se o meu pai sabe disto, deserda-me).

Ainda hoje fiquei a conhecer o fotoblog da minha amiga Lia que largou tudo e foi fazer uma viagem de meses pela América do Sul. E recebi um email falado do Paulo e da Sofia que estão em Paris.

A semana foi óptima, cheia de amigos, família e actividades desportivas. A que se avizinha também promete.

Às vezes sinto tanta felicidade que parece que não vivo o que vivo. Penso nos budistas e nos mestres zen e na necessidade de nos desapegarmos da vida e dos desejos que as coisas corram de uma certa forma. E tento não me apegar à vida que levo. É difícil como o raio. Sinto-me incrivelmente afortunada. Gosto demasiado da minha vida e acho que, inevitavelmente, um dia as coisas serão menos boas do que são hoje. Não sei se sinto uma pena antecipada, mas muitas vezes tenho dúvidas, isso sim, se não estou a viver além daquilo que era suposto e que mais cedo ou mais tarde vou ter de "pagar" o que gozei antecipadamente. Lixado, este meu superego. Muito lixado.

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