O meu coração mora no Minho e toda a vida tive um caso com o Porto, a única cidade onde o meu miocárdio metafórico consideraria mudar-se.
Amo o Norte de Portugal e é cá que me sinto realmente feliz, embora seja da zona Centro.
Há dois anos fui “obrigada” a mudar-me de novo para a minha cidade Natal, Ovar, com quem nunca me tinha entendido, e dois anos de luta contra mim mesma depois sinto que estou a aprender a amá-la, como se fazia “antigamente” nos casamentos arranjados, embora a traia sempre que posso com as velhas amantes e outras novidades, como Valência, um caso sério, mas com o tempo contado.
A lealdade de Ovar no meu percurso de vida, o seu cariz de “porto de abrigo” e as descobertas recentes das belezas naturais de fazer cair o queixo desta zona (como a Ria) e a oferta cultural inesperada das redondezas (como Estarreja) fizeram-me reconsiderar no último ano e meio o meu projecto de vida de fugir daqui a todo o custo, para o ideal que seria morar aqui e fazer parte desta comunidade, embora trabalhando noutro sítio (de preferência o Porto).
E heis que é quando finalmente “arrumei a cabeça” e percebi que não tinha de lutar contra a minha cidade-destino, que na verdade a queria abraçar, que o Cosmos me diz que me vou mudar para Coimbra, com quem não sentia qualquer afinidade… (12-1-2008 - afinal foi só uma partidinha do Cosmos, não se concretizou)
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