Ensino Superior: onde se «chumba» mais
07-09-2004 11:30 Sara Marques
Instituto Politécnico de Bragança apresenta piores resultados. E Universidade do Minho é a que tem mais sucesso escolar.
Falta de formação dos docentes pode explicar insucesso
A Universidade do Minho (UM) é a instituição de ensino superior público com a menor taxa de insucesso escolar em Portugal (27 por cento), seguida da Universidade do Porto (27,6) e da Universidade de Aveiro (28,6). No campo oposto, o Instituto Politécnico de Bragança aparece com a maior taxa de insucesso escolar (62,7 por cento). Os dados são avançados por um estudo do Observatório da Ciência e do Ensino Superior sobre o insucesso escolar no Ensino Superior no ano lectivo de 2002/03.
Segundo este relatório, a taxa de insucesso relativa a diplomados em 2002/03 foi, para as universidades públicas, de 36,5 por cento e de 46 por cento nos politécnicos.
O estudo é entendido pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior (MCES) como «um instrumento indispensável à consolidação da qualidade do Ensino Superior no nosso país».
Fonte do MCES disse ao PortugalDiário que «há cada vez mais universidades que destinam parte do seu orçamento ao combate do insucesso escolar».
Este é o caso da Universidade do Minho, que tem desenvolvido um conjunto de medidas que visam melhorar a qualidade do ensino. Destaca-se a criação da «Pró-Reitoria para a Qualidade do Ensino», e, posteriormente, a integração do «Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino».
Esta instituição também actua junto dos docentes para melhorar a qualidade do ensino, nomeadamente através da realização de acções de formação para docentes, e da realização do «Questionário de Avaliação do Ensino Ministrado», cujos resultados são analisados e publicitados.
A pró-reitoria realça, ainda, outros dados que contribuíram para que a taxa de insucesso da UM fosse a mais baixa do país: «Somos a única Universidade da Península Ibérica a conseguir a acreditação por parte da Comissão Europeia do suplemento ao diploma». Ou seja: «Este documento certifica todas as actividades extracurriculares dos alunos da UM, facilitando a mobilidade e a empregabilidade dos mesmos», disse a pró-reitoria.
Ó pra mim a babar com a minha Universidade!
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