Guardei a ampulheta numa caixa
onde é oculta a hora inevitável
e fiz ao mar as cartas do baralho
para a cigana não poder me ler a sorte.
Não que me importe com a vida
ou com a morte,
mas porque gosto da surpresa diária
de acordar, envelhecer, fazer a barba
e no espelho descobrir
a minha nova cara
Fred Matos
Sem comentários:
Enviar um comentário