quarta-feira, julho 14, 2004

Guardei a ampulheta numa caixa
onde é oculta a hora inevitável
e fiz ao mar as cartas do baralho
para a cigana não poder me ler a sorte.

Não que me importe com a vida
ou com a morte,
mas porque gosto da surpresa diária
de acordar, envelhecer, fazer a barba
e no espelho descobrir
a minha nova cara

Fred Matos

Sem comentários: