sábado, junho 12, 2004

Já não ia postar mais nada hoje, mas como passei pela Enevoada e a vi tristinha, a falar de bruxedo, lembrei-me deste poema escrito há já algum tempo por moi même... Pronto... Cá vai mais um pontapé na minha credidilidade enquanto poetisa... Mas desta vez tenho a desculpa que só tinha 17 anos quandio escrevi... Acham que cola?


Decidi ir à bruxa,
Uma conceituada mulher
Que preparava poções
com uma mágica colher.

Ela tinha uma verruga
No meio do nariz
Usava uma peruca
E imenso verniz

Era velha e marreca
Com voz de sibila
Pegou numa caneca
E chamou pela filha

“Traz-me daí a bola de cristal
Que é para eu adivinhar
O que é que vai mal”

Então uma menina
Com cheiro de jasmim
Assomou à porta
E olhou para mim

Foi então que a velha
Pegou na bola,
E apagou as luzes
Agitou a carambola
E lançou os búzios

“Que é, que é?”
Perguntei impaciente.
Só que a bruxa inteligente,
Não disse nada naquele instante.

Pegou na poção
Que tinha no caldeirão
agitou com a colher.
Sorriu para mim
disse-me então a mulher:

“Aquilo que vai mal
É o mundo em geral
São as manias da gente
Que se quer armar em importante.
Por isso minha filha,
Não há nada a fazer,
A não ser
Tentar mudar
O que ao nosso alcance
Se encontrar.
Mas se queres magia
Branca ou preta,
Noite ou dia,
Leva esta poção
Do meu caldeirão
E quando a lua brilhar
E o lobo uivar
Dá-a a alguém que esteja ao teu pé
E que esteja a precisar de um pouco de fé.”

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