segunda-feira, abril 19, 2004

Caso me esqueça do meu nome,
Lembra-mo;
Traz-me de volta as recordações
Da minha identidade
Recorda-me quem eu sou
Quando não tenho medo
Ou receio de não ser aceite,
Quando não estou apreensiva com o futuro,
Quando não existo em pura dúvida,
Sem pontos de referência,
Sem bases seguras,
Sem ideias próprias,
Sem ideais condutores...
Sem existir!
Diz-me de novo porque sou quem sou
E como é que isso é bom.
Que tenho andado a pelejar justamente,
Por causas nobres,
E que o meu sacrifício foi útil...
Diz-me que me amas por coisas que eu não controlo
E que eu não preciso de estar em luta
Constante comigo mesma
Para merecer o teu aval,
O teu interesse,
A tua admiração,
O teu amor...
E depois podes abraçar-me,
Fazer de conta que eu nunca duvidei de mim
E guardar no peito a importância que eu te dou.

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