quinta-feira, dezembro 29, 2011

2011

Foi um ano em cheio.

Fiz um curso de canto jazz, outro de cozinha vegetariana e outro de surf. Sofri imenso e depois, sem contar nem antever, fui renascida. Vivi perto da minha irmã. Viajei pela Europa e saí pela primeira vez do velho continente rumo a Nova Iorque. Ganhei uma serenidade que parece estar a crescer; uma paz e uma certeza de que tudo vai correr bem, corra lá como correr. Trabalhei muito e ganhei mais método e mais metas. Reabri os meus horizontes e recuperei o meu fôlego. Morreu a minha prima. Deixei o voluntariado na Acreditar, ao fim de 4,5 anos. Questionei (e questiono) o sentido da vida. E depois penso que se calhar não tem sentido - e que isso não tem problema. Fui a concertos. Fui ao teatro. Fui pouco ao cinema. Comecei a ter aulas de dança e quero mais. Desperdicei tempo que não me deu gozo desperdiçar. E depois redescobri a minha velha chama que parece estar a crescer também. E pensei que quero viver todos os dias. e que não me importo de ser pirosona. Gosto dos coraçõezinhos cor de rosa de açúcar que  minha irmã me deu no natal, pois gosto. e de verniz berrante e daquele lápis com o cristal svarovsky na ponta. e de dizer às minhas pessoas que gosto delas quando me lembro disso. pois gosto. Estive por Braga novamente - embora não tanto quanto eu gostasse (mas vou estar mais para o ano) - com algumas das pessoas que me fazem sentir sempre em casa e foi tão bom. Fiz o Personificcionar ao vivo e continuei a desenvolver esse projeto online. Continuei os blogues em parceria de músicas com nomes de rapaz e de rapariga.  Dei aulas na Faculdade de Engenharia e fui convidada para falar na Reitoria do Porto, juntamente com algumas figuras muito fora do meu campeonato. Foi publicado o capítulo do livro que tinha escrito em 2008 (a minha primeira publicação!). Tive orientandos de Mestrado. A vida não foi sempre fácil e senti-me muito triste, deprimida e desesperançada por vezes. Mas nunca aborrecida.O aborrecimento é fruto das mentes sem imaginação - que até à data é coisa que não me assiste. Em muitos momentos senti-me grata, eufórica, feliz, e em paz.

Sinto-me muito sortuda por todos (não é lapso - é mesmo todos e não tudo) que tenho e todas as oportunidades que se me têm oferecido. E que tenho de trabalhar mais, ser mais, merecer mais a sorte que me bafeja, as pessoas que me rodeiam, o trabalho que não me tem faltado, a vida que me atravessa.

Venha 2012.


(com direito a música pirosona e cliché neste contexto - "Manhã" do Peer Gynt de Grieg e o belo do acompanhamento visual. ah! marabilha!)

1 comentário:

R. disse...

É um balanço que transpira genuinidade e desassombro. Que tenhas um novo ano à medida das tuas melhores expectativas. Que se cumpram os teus desejos e que te cumpras como desejas.

Um abraço.

PS: Piroso ou não, também gosto muito deste tema de Grieg ;)